No dia 21 pp à noite, juntaram-se os alferes sobreviventes da CART1690 no Restaurante "Cova Funda", lá para os lados da Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa. Foi mais um dos encontros que já fazemos há mais de 30 anos. Foram os que partiram para a Guiné integrados na companhia. Da esquerda para a direita, na foto abaixo: o Domingos Maçarico, ferido gravemente em combate e evacuado para o HMP, e que nunca mais regressou à Guiné, sendo substituído pelo Lourenço; a seguir sou eu, também ferido em combate e evacuado para o HMP, mas que regressei à Guiné, embora para outra companhia, fui substituído pelo Fernandes, que morreu em combate, por sua vez substituído pelo Peixoto, também morto em combate; depois, em frente, o António Moreira, que nunca abandonou a companhia; e, ao lado dele, o Alfredo Reis, também ferido em combate, tendo estado algum tempo no HM241, em Bissau, e regressado depois à companhia.
O Lourenço, o substituto do Maçarico, nunca compareceu nestes nossos encontros, nem nos encontros da companhia. Até nestes somos só nós que comparecemos, como ex-alferes.
Já temos falado entre nós sobre esta situação, temo-nos interrogado sobre o factor que tem sido o aglutinador desta nossa longa ligação. Tanto mais que somos muito diferentes politicamente e, até, socialmente em certos aspectos. Somos "a case study", como já nos disseram.
Os meses que passámos em conjunto na preparação da companhia para a guerra, os intervalos para desopilanços por bares e outros antros vividos também em conjunto, foram um elemento cimentador de uma camaradagem sem desgostos.
Já na Guiné, e com a companhia dividida na mata do Oio
houve algumas dificuldades, concordamos, fruto da separação e porque a actuação individualizada teve de prevalecer. Houve alguns desencontros, é verdade, mas também o reconhecimento da dureza do papel que a que cada um era dado. Os desencontros não chegaram para quebrar a amizade que se tinha cimentado.
Mas, depois da guerra, com as opções de vida de cada um, e as vivências individuais de todos os fenómenos que nos cercam, tinha de haver alguém que mantivesse os liames que unem. E reconhecemos entre nós que o António Moreira tem tido esse papel desde o princípio.
Falámos destas coisas. Mas também falámos das presidenciais. E, já agora, só um é que se mostrou pelo Cavaco (não digo quem foi, só digo que não fui eu).
O Lourenço, o substituto do Maçarico, nunca compareceu nestes nossos encontros, nem nos encontros da companhia. Até nestes somos só nós que comparecemos, como ex-alferes.
Já temos falado entre nós sobre esta situação, temo-nos interrogado sobre o factor que tem sido o aglutinador desta nossa longa ligação. Tanto mais que somos muito diferentes politicamente e, até, socialmente em certos aspectos. Somos "a case study", como já nos disseram.
Os meses que passámos em conjunto na preparação da companhia para a guerra, os intervalos para desopilanços por bares e outros antros vividos também em conjunto, foram um elemento cimentador de uma camaradagem sem desgostos.
Já na Guiné, e com a companhia dividida na mata do Oio
houve algumas dificuldades, concordamos, fruto da separação e porque a actuação individualizada teve de prevalecer. Houve alguns desencontros, é verdade, mas também o reconhecimento da dureza do papel que a que cada um era dado. Os desencontros não chegaram para quebrar a amizade que se tinha cimentado.
Mas, depois da guerra, com as opções de vida de cada um, e as vivências individuais de todos os fenómenos que nos cercam, tinha de haver alguém que mantivesse os liames que unem. E reconhecemos entre nós que o António Moreira tem tido esse papel desde o princípio.
Falámos destas coisas. Mas também falámos das presidenciais. E, já agora, só um é que se mostrou pelo Cavaco (não digo quem foi, só digo que não fui eu).



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