ENVOLVIDO no seu «nhome» (1), feito de bocados de banda tinta, «Inquilina Nheo», detentor de inúmeras e gordas vacas e de extensas «bolanhas» (2) em Jugudul, aguardava deitado na «m'tara» (3), de lama batida, que a ténue claridade da madrugada lhe anunciasse no quarto escuro, através de uma frincha da porta, a hora de se levantar. Entretanto, revia em pensamento todos os detalhes da cerimónia realizada na tarde anterior, para que o «Iran» da tabanca concedesse ao chão o benefício da chuva.
Desde a lua passada, quase não chovia em Jugudul. Os balantas anteviam desanimados mais um ano de fome. A situação era aflitiva. Muitos tinham os seus «bembes» (4) já esgotados e, à falta do suculento arroz, devoravam a «tchira» (5) crua, furtada nos mandiocais dos fulas e mandingas, e a «m'baka» (6) de folha tenra, colhida no mato. Abandonar a «botche» (7) ingrata e procurar no chão dos nalús melhores condições de vida era a única solução. Catió, com a regularidade das suas chuvas e as suas inúmeras e ubérrimas «bolanhas», era a Terra da Promissão - a sonhada «f'tock»(8). Para lá se dirigiriam!
Os velhos, mais apegados à terra, reunidos debaixo de um poilão, decidIran propiciar «Iran». Uma gorda cabra fora imolada e o «jambacosse» (9), executando um rito, que encerrava em si toda a Liturgia, mais uma vez demonstrara que sem o sangue da cabra, as fórmulas tradicionais, as suas palavras sibilinas e as libações habituais, «Iran», amuado na sua cabana minúscula, continuaria indiferente aos sofrimentos humanos. Quando o cerimonial terminou, logo pesadas nuvens cobrIran o céu. Mas as nuvens teimavam em não desfazer-se em chuva. Então «Iran», enfurecido, brandindo o seu chicote de fogo, desancou-as tanto que elas, esfarrapadas, tombaram em torrentes clamorosas, encharcando os campos e inundando as «bolanhas».
Pela frincha da porta, a ténue claridade da madrugada entrou no quarto escuro de «Inquilna», como a dar-lhe os bons dias. Este, apalpando o rebordo da «rn'tara», num movimento rápido de pernas, levantou-se; distendeu os braços compridos e bocejou ruidosamente. Depois, revolvendo os brônquios, arrancou um escarro medonho e atirou-o sobre a lama da parede; num passo alcançou a pequena porta de poilão, abriu-a e esgueirou-se para a «tchingira» (10), que serve de varanda.
Fora, uma chuva miudinha borrifava o cercado da morança. Um suíno enfezado, de cerdas duras, atascava-se grunhindo junto de um monte de lixo.
- «Cumba ia na buha» (11) - exclamou, dirigindo-se à sua mulher «Kanhe», que acabava de sair de outro quarto. - Todas as manhãs vejo o porco fora. Qualquer dia o animal desaparece, roubado pelos «bulufos» (12) ou comido pelo lobo.
«Kanhe», com as suas vinte e quatro chuvas, rosto violáceo, com pequenas malhas vermelhas nos lábios ulcerados, peitos alongados, em forma de papaia, pela continua função maternal, era a mais velha das três mulheres de «lnquilina». Cabia-lhe, por isso, a direcção da labuta doméstica; e no uso desse privilégio, que a tradição lhe concedia, desforrava-se das tribulações sofridas na passada mediocridade, distribuindo pelas outras duas consortes o moirejo da comunidade conjugal. «Nhara», a segunda mulher, fora criada e vivida nos faustos da corte de «Mona», poderoso régulo de Mansoa, com quem depois casara. Acostumara-se a uma vida de opulência, à moleza dos dóceis e prolongados ócios, toda entregue ao luxo dos panos, das arrecadas, dos braceletes e das contas. Em vida de «Mona», já casada, tivera impúdicos «flirts» com os «bulufos» da região. Nos seus devaneios adulterinos, conhecera «Inquilina», que se lhe mostrara pujante de lascívia e erotismo másculo. Desvairada, fumegando de volúpia, como cadela acicatada por cio, o desejara depois sofregamente. O marido ultrajado interrompera violentamente estas ligações amorosas. Falecido, porém, «Mona», não obstante ser de casta «cunante», introduziu-se no lar de «Inquilna», cumpridas as praxes matrimoniais que o costume da tribo impunha. «Sabu», a terceira mulher, entrara na comunidade conjugal, sem excentricidade, pela porta banal da união vulgar, que a crescente prosperidade do chefe de família permitia e a própria economia doméstica aconselhava.
As três esposas viviam em aparente harmonia. No fundo, porém, as dissemelhanças de castas, de hábitos e de temperamentos separavam «Kanhe» de «Nhara». Aquela, balanta genuína, considerava a «cunante» uma intrusa e não perdia ensejo de diminui-la no conceito do marido, exagerando as suas faltas e desmazelos. «Nhara» era sempre culpada, quando havia em casa falta de água ou de lenha, quando o chão e o quintal estavam sujos ou quando a comida não era preparada a tempo e com esmero.
«Kanhe», como esposa principal, destinava à «cunante» as ocupações mais penosas, em especial aquelas que mais incompatíveis eram com os seus hábitos cortesãos de outrora. Mas «Nhara», recalcando o desgosto que sentia, briosamente enfrentava a situação, para não quebrar a harmonia familiar.
Naquela manhã, ao ouvir a censura do marido, «Kanhe» voltou a acusar a «cunante», atribuindo-lhe o descuido de não fechar convenientemente a porta do aprisco :
- «Nhara maka doga Cumba»(13). Se o porco desaparecer é «Nhara», pois, a culpada. Não sei que vantagem houve em casares com ela. Não é da nossa casta e entende dever levar aqui a vida ociosa a que se habituou com O primeiro marido. Está intolerável! Agora deixa o trabalho da casa para procurar companhias em Sugune. Ainda ontem a vi dirigir-se para lá. Quer talvez novas emoções.
A insinuação pôs em sobressalto o coração de «Inquilina», que viu nas saídas da mulher a repetição das aventuras que com ele tivera em vida de «Mona». Lembrou-se de que há muito não ia ao quarto dela, não obstante ter já passado o período da amamentação do primeiro filho, durante o qual, segundo o uso, lhe fora imposta a continência sexual. Agora, porém, não se sentia com vontade de procurá-la. No estado de espírito em que se encontrava, dominava-o apenas a ideia de castigá-la duramente. Mas primeiro queria provas e essas dar-lhas-ia, decerto, o «Iran» da morança, por intermédio do «jambacosse», através de qualquer facto que ocorreria.
Notando a atitude meditativa do marido, «Kanhe» insitiu:
- «Hidma matche dôful kit-ânhe» (14). Só a vejo cá fora quando o Sol vai alto.
Parara de chover. «lnquilina», sem nada responder, abandonou o «flit»(15) de poilão em que se sentara e saiu da palhota, enquanto «Kanhe», arrancando da «cancra»(16) uma mancheia de palha, ateava o lume do fogão para preparar a «sofum inglute»(17).
Fora do cercado, alinhado em pequenos camalhões, por entre carreirinhos que davam acesso às moranças vizinhas, estendiam-se como veludo verde os viveiros de arroz. A acção benéfica da chuva revivificara as plantas, modificando completamente o seu aspecto doentio e amarelento da véspera. Aqui e além, balantas de corpo nú, accionando os arados espalmados, abriam na terra amolecida novos regos. Em lenta ascensão, saíam através da cobertura de algumas choças alvacentos fumos. Numa toada sonora, os galos da tabanca cantavam à porfia, anunciando o alegre dealbar da manhã. De mistura, ouviam-se o flebil coaxo dos batráquios e o bater seco dos pilões. Pouco mais além, nateiros viscosos em quadriláteros acompanhavam as margens tortuosas do rio Mansoa, escondendo nas entranhas o segredo da sua fecundidade. Para traz, por entre frondosas calabaceiras, coleava a estrada avermelhada de Enchalé. Numa vereda que saía do mato e que ia dar a Sugune, caminhava em passo lento uma mulher com o torso descoberto, trazendo às costas uma criança embolsada num pano, que lhe envolvia os flancos e terminava em nó no ventre. «Inquilina» pareceu reconhecê-la, porque, firmando a vista, estacou.
- Será possível? - disse consigo. - «Nhara», sua mulher cunante, àquela hora fora? Donde viria? - Uma suspeita atroz lhe iluminou o pensamento. A desavergonhada vem de Sugune, depois de passar a noite com o amante! Veio-lhe a tentação de avançar para ela e desancá-la ali mesmo; mas reprimiu o desejo e preferiu esperar. Não! O seu «Iran» lhe ofereceria melhor oportunidade! Tinha de saber primeiro quem era o amante.
A mulher, no mesmo passo, entrou apreensiva no cercado da morança.
Batia Sol já quente no «kufé»(18), àquela hora cheio de galináceos esgaravatando a terra, quando «Inquilina» voltou à sua palhota. As três esposas, sentadas em baixos «flits», meio acocoradas, esperavam o seu regresso, para iniciar a «sofum inglute», Todas, com os seus «nhomes» azuis, ao gosto predilecto da mulher balanta, mostravam com natural impudência a curva macia das coxas, quase até à virilha. «Kanhe» ocupava-se a dar ao filho sobrevivente (aos três que já tivera) uma papa de arroz e leite azedo, que é a refeição matinal da tribo. «Nhara» trazia o filho ao colo, reflectindo no rosto um profundo abatimento. «Sabu», ostentando o seu corpo ainda adolescente, cobria os seios formosos e tersos com os braços em cruz.
«Inquilna» sentou-se na superfície côncava doutro «flit» e pediu «sofum», lançando um olhar perscrutador a «Nhara», Foi esta quem com uma pequena colher de madeira lhe serviu a papa num cabaço lavado, porque «Kanhe» se queixou dos seus dedos nodosos, cada vez mais trôpegos e túmidos.
- «Mbida litma uoma sume» (19) - disse-lhe «Nhara» compungida.
Não sei o que a criança tem. Desde ontem arde em febre.
- Eis o aviso, a esperada prova! - pensou «Inquilina». Apressou-se, pois, a dizer-lhe que logo depois de comer chamaria o «jambacosse», para inquirir da causa do mal. E, alto, insinuou:
- Ninguém escapa à justiça de «Iran»!
«Kanhe» sorriu, adivinhando o significado da insinuação, mas «Nhara», mantendo a mesma expressão inicial de abatimento, recebeu a advertência com humílima tranquilidade.
Daí a uma hora, diante do barrete místico do «jambacosse» e da minúscula cabana, onde repousa o «Iran» omnipotente, com devota unção,. ambos aguardavam o temeroso arbítrio: ele, convicto da responsabilidade criminosa da mulher, e ela, vergada sob o peso do desgosto que a afligia. «Kanhe» e «Sabu» tinham ido a Mansoa comprar tabaco. A criança gemia ao lado, contorcendo-se de dores.
A simbólica cauda de vaca agitou-se na mão esquerda do «jambacosse», que lançou no ar faiscante da manhã as suas palavras sibilinas. «Aulé! Aulé!» - repetia a cada espaço, salpicando de arroz cozido a terra húmida da morada divina.
- «Úi mbê udó tão?» (20) - interrogou, por fim.
E, após uma curta pausa, face virada para o infinito, como quem escuta :
- «U'ol ka pã». (21). Alguém pretende arrebatar-lhe a alma. A criança está em perigo!
«Inquilna» ficou perplexo. Esperava outra notícia. Aferrado à sua ideia fixa reflectiu: Deve ser ela a feiticeira que pretende matar o próprio filho, para ficar com os movimentos livres.
- «Iama oté tãi ulômes?» (22) - perguntou alvoroçado.
Nova interrogação mística do «jambacosse» e a resposta foi pronta, decisiva:
- Não! A Mãe está inocente.
Abruptamente, ali mesmo, quis saber:
- «Nhara», o que foste fazer ontem a Sugune?
- Fui buscar leite à casa de «Fuma».
- E hoje, de onde vinhas de madrugada?
- Vinha do mato, aonde fui buscar «masse» (23), para dar ao meu filho.
- E não viste o porco no quintal?
- Fui eu que lhe abri a porta.
- ... ?
- É a primeira coisa que faço quando me levanto. Depois, vou buscar lenha e água para o consumo da casa. Acordo sempre muito cedo, quando ainda está tudo escuro.
«Inquilina» estava aniquilado, pesaroso de ter injustamente desconfiado da mulher. Agradeceu ao «jambacosse» a sua interferência salvadora e, num tom quase de ternura, sossegou o espírito da mãe do seu filho:
- Ele ficará bom depressa, vais ver.
E, quando o «jambacosse» se retirou, recomendou-lhe:
- Nem uma palavra, por enquanto, a ninguém acerca do que nos foi revelado.
Ao meio dia foi. servida a «sofum ‘nló» (24) composta de arroz, peixe cozido e azeite de palma. «Inquilina» conversava animadamente com o seu hóspede «Nanqui Intchama», da povoação de Quenhaque, regulado de Cubontge. Como acontecia sempre que havia visitas, «Nhara» sobrelevou as outras duas mulheres na maneira fidalga como serviu o almoço e cumulou de atenções o visitante. Este, notando o seu desembaraço, elogiou-a diante de todos e felicitou o hospedeiro por possuir tão galante e valiosa companheira. «lnquilna», orgulhoso, concordou e bendisse a hora em que a conheceu e a trouxe ao lar. «Kanhe» e «Sabu», encolhidas, morderam-se de inveja, mas ficaram caladas.
- Sim, é uma excelente mulher! - repetiu e «Inquilina». - Tem o filho doente e, todavia, aqui está cumprindo as suas obrigações normais. E lançou um olhar significativo às outras duas consortes.
O filho doente? - interrogou o hóspede.
- Sim. Parece que alguém lhe quer mal. A sua alma está em perigo.
Desejoso de lhe prestar um serviço, em recompensa das atenções recebidas, o hóspede apressou-se a declarar:
- O meu «lram» pode salvá-lo!
O rosto malhado e intumescido de «Kanhe» exprimiu certa turbação.
- Hoje mesmo vamos pedir ao meu «Iran» que o defenda - insistiu o hóspede. - Reserve um bocado de comida para lhe levar. - E convidou a mulher a ir com O marido e o filho doente à sua casa.
Na povoação de Quenhaque, junto da minúscula morada do «Iran» protector, se executaram os ritos habituais. Pequenas achas rodeavam o pau central que atravessava o vértice da pequena cobertura cónica e que representava o feitiço. Sobre essas achas, em que se reproduzia o poder oculto do pau central, caíram bagos de arroz, ao mesmo tempo que «Nanqui Intchama» resmungava confusas jaculatórias, roçando a mão esquerda no débil corpo do garoto doente. O cabaço de comida foi pousado em cima das achas e novas súplicas foram proferidas. Por fim, «Nanqui Intchama», retirando uma acha fez dela entrega a «Inquilina» e passou para as mãos da mulher o cabaço.
- Essa acha leva em si a virtude de defender o garoto - disse. - Diante dela a gente da vossa morança deve comer o arroz do cabaço. Quem lhe quer mal receberá logo justo castigo.
E, mais grave:
- Este «lram» não perdoa!
«Inquilina» e sua mulher despedIran-se, agradecendo ao benquisto amigo o favor prestado.
Caía o Sol de fadiga no poente, envolvendo a terra em névoas tépidas de sangue, quando as pessoas da morança se reunIran na «tchingira» convocadas por «Inquilina». A acha protectora fora posta no canto direito da porta de entrada e, ao pé dela, o cabaço com a comida punitiva.
- Há aqui alguém que pretende matar o filho de «Nhara» - começou «Inquilina». - Não sei quem é. Homem ou mulher vai receber o merecido castigo. A comida que está aí no cabaço denunciará a pessoa culpada. Este «Iran» - e apontou com gravidade a acha - não perdoa!
Um frémito de terror percorreu a assistência e um pesado silêncio pairou no acanhado ambiente da «tchingira».
Os mais idosos, primeiro, os mais novos, depois, um por um, levaram à boca um bocado de arroz. Restavam apenas as mulheres de «Inquilina». «Sabu» avançou por sua vez e comeu também. «Kanhe» aproximou-se vagarosamente, torcendo a boca ulcerada num rictus de contrariedade.
- Nós devíamos ser dispensadas da prova - disse. - Estamos ao abrigo de qualquer suspeita.
- Não! - insistiu «Inquilina». - Ninguém deve eximir-se a ela. Eu mesmo comerei no fim. Nem «Nhara» será dispensada!
Os dedos nodosos e túmidos de «Kanhe» mergulharam trémulos no cabaço e alçaram com alguns grãos de arroz até à boca descorada. Ouviu-se então um grito pavoroso de angústia. Os dedos, o arroz e bocados dos lábios caíram pesadamente no chão!
Manifestara-se na mulher a lepra mutilante!
Fernando Rogado Quintino Administrador
NOTA EXPLICATIVA: - O conto descreve aspectos reais da vida da tribo balanta. Todas as personagens são verdadeiras. Para evitar a sua identificação, deu-se nome diferente a urna delas. Ninguém gosta de ver a sua vida devassada e divulgada - nem mesmo um indígena. Para maior realce do entrecho, alguns factos foram alterados, sem que, todavia, essas alterações deslustrassem a natureza real dos mesmos. A crença nos feitiços e nos seus poderes maléficos ou benéficos está sem exageros retractada no conto. Os balantas atribuem a lepra a determinados feitiços. O «Iran», que a produz, existe de facto na tabanca de Quenhaque, regulado de Cubontge. É convicção geral de que foi ele quem inoculou a doença a vários indígenas.
o autor
Boletim Cultural da Guiné Portuguesa, Volume II, n.º 5, 1947
(2) Terrenos destinados à cultura do arroz. (3) Cama.
(4) Celeiros.
(5) Mandioca.
(6) Arbusto oleráceo que cresce no mato.
(7) Terra, povoação.
(8) Fartura.
(9) Sacerdote.
(10) Beiral da palhota, utilizado como varanda.
(11) O porco saiu do buraco.
(12) Rapazes ainda não circundados
(13) «Nhara» é quem trata do porco,
(14) «Hidma” é sempre a última a levantar-se
(15) Mocho.
(16) Tecto.
(17) Refeição da manhã,
(18) Quintal.
(19) Meu filho está doente.
(20) O que tem esta criança?
(21) Há feiticeiro na morança
(22)A mãe não tem culpa?
(23) Medicamento.
(24) Refeição do meio dia (almoço).
Só para esclarecimento:
ResponderEliminarComo camarigo, agradeço o seu trabalho.
Lamento, no entanto, que tenha citado um autor estrangeiro e se tenha esquecido da comunicação à Sociedade de Geografia e posteriormente publicada de meu primo direito, António Pardete da Fonseca, que esteve em Tite(65/67), como Alferes Miliciano, e publicada com o título "Balanta - Memórias de África e do Oriente - Pub. Sociedade de Geografia, nº 12 de 1967, pág. 2 - 17.
Alfa Beta
José Pardete Ferreira
Agradeço esclarecimento sobre quem é o "autor estrangeiro" que eu cito... O Fernando Rogado Quintino era português. Não conheço o publicado pelo António Pardete da Fonseca. Não percebo por que o deveria ter referido... Este publicado está bem identificado com o autor e a origem.
ResponderEliminarSe há falha minha não tenho dúvidas em corrigir.
No seu texto "Coisas da Guiné", nº 129, "A Identidade Cultural do Povo Balanta", de Salvatore Cammillieri, das Esdições Colibri!
ResponderEliminarUm texto publicado pela Sociedade de Geografia poderia, eventualmente, enriquecer os seus conhecimentos sobre oa etnia Balanta, não acha?
Eu não falei de Rogado Quintino, como inferiu do meu escrito, naturalmente.
Só pensei que mais informação sobre os "Balanteas" lhe poderia ser útil.
Alfa Beta
José Pardete Ferreira
Embora não se deva fazer, acrescento que o texto tem a data de 30 de Abril de 2011.
ResponderEliminar...então, era melhor que esse comentário tivesse sido colocado no post "A Identidade Cultural do Povo Balanta" e não neste, "A justiça do iran", não acha? Parece-me que. Daí a minha estranheza.
ResponderEliminarAdmito ter havido atraso involuntário no meu comentário!
ResponderEliminarTenho no entanto de acrescentar que o facto de meu primo e irmão colaço ter sido nosso camarada de armas, visto ter feito a sua Comissão em Tite, aliada ao facto de ter tido uma morte prematura aos 49 anos e de, pelos 5 meses e meio que nos separavam eu ter sido, muitas vezes, o seu protector e conselheiro, na sua vida romanesca, cheia de baixos e altos, me tenha feito saltar, como fazia em miúdo, no Liceu, etc.
Mas não andou na Guiné a marcar passo: preocupou-se com o viver daquelas "gentes".
No meu "O Paparratos", num dos capítulos, tratei da "colonização da Guiné ao longo dos tempos" e, embora dando uma alternativa à visão desse grande etnólogo que é René Pélissier, que tem feito muito mais pelo conhecimento dos nossos antigos territórios que muitos portugueses, este, com a modéstia dos grandes, aceitou a teoria de um ignaro - embora baseada no que eu ouvira das populações - e apenas se limitou a uma bicada "soft", ou talvez nem sequer o tenha feito e eu é que a tivesse visto a despropósito.
Parece que estamos entendidos. Só possuo uma separata da publicação, estive conm ela nas mãos ´há um ou dois meses, mas com as arrumações que se fazem, por vezes fazem-nos "perder" o que tínhamos à mão.
Alfa Beta
José Pardete Ferreira